The Bourne Ultimatum

Dezembro 10, 2007

The Bourne Ultimatum (2007)

de Paul Greengrass

Trailer. .

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The Bourne Ultimatum, o terceiro capítulo da saga do agente secreto Jason Bourne arrisca-se a tornar-se o melhor filme de acção do ano. Interpretado novamente por Matt Damon, Bourne Ultimatum surge-nos carregado de uma dose de adrenalina e de duas horas de acção frenética como há algum tempo não se via. É de longe o melhor filme da trilogia e o que essencialmente o distingue dos outros filmes do género é a qualidade do seu argumento e principalmente da coerência da sua estrutura narrativa. Ultimatum não se afasta muito do estilo dos dois anteriores episódios: mais uma vez encontramos Jason Bourne na busca pela sua identidade perdida enquanto a organização que o criou se encontra novamente apostada em eliminá-lo. Mais uma vez os jogos de poder internos e os desencontros serão decisivos no desenrolar da acção. Neste capítulo, Bourne encontra-se cada vez mais perto de descobrir quem o transformou numa máquina assassina perfeita e quem lhe apagou por completo a memória e as recordações. No entanto, a resposta a estas questões poderá revelar-se mais complexa e dolorosa do que poderia imaginar.

Paul Greengrass, realizador do segundo episódio e recentemente nomeado para o Oscar de Melhor Realizador por United 93, prova mais uma vez que se encontra em grande forma. De facto, The Bourne Ultimatum nunca resultaria tão bem se não fosse apresentado como a descarga eléctrica de mais alta voltagem que é e se não fosse pelas opções artísticas tomadas na sua concepção. Tecnicamente o filme é de uma forma geral irrepreensível; a fotografia está bastante boa, bem como todas as questões ligadas ao som e efeitos sonoros. No entanto, tal como em United 93, é na montagem de Christopher Rouse que reside a grande mais-valia do filme. Repleto de planos alucinantes e cortes rápidos, não seria de admirar que o filme se encontrasse a caminho de uma nomeação nesta categoria. Isso se a Academia conseguir ultrapassar os complexos que geralmente tem em reconhecer as qualidade e méritos de alguns filmes de acção.

Relativamente às interpretações, a sempre confiável Joan Allen reencarna novamente a personagem de Pamela Landy, agora bastante mais perspicaz e que irá, de uma forma mais activa, tentar realmente ajudar Bourne; Julia Stiles regressa novamente e não desaponta, e Brian Cox revela-se no final do filme como um vilão arrepiante. Obviamente a grande interpretação do filme cabe a Matt Damon que se transfigura nesta figura de acção absorvendo por completo a personagem de Bourne. Neste caso, a publicidade não é enganosa: realmente, Matt Damon is Jason Bourne.

 A acção a um ritmo imparável e frenético que mantém o espectador completamente preso ao ecrã do inicio ao fim do filme.

 Para quem perdeu os dois primeiros episódios da saga poderá ser um pouco díficil de acompanhar e principalmente perceber as motivações de determinadas personagens.